Particularmente danada.

Nunca se deixe iludir por este olhar inocente, por esses cabelinhos de algodão ao vento, por esse sorrisinho maroto que deixa escapar alguns dentinhos da frente que no final chegam a ser até um charme, como o gatinho do Shreck, conheça Fifi, a pequena moradora dessa casa que passa uma imagem frágil de uma cachorrinha mas na verdade se trata de “um porquinho fantasiado”.


Tudo começou com a chegada de algumas visitas, de algum tempo pra cá, Fifi se tornou uma pequena depravada de origem misteriosa, uma verdadeira ilusionista. Ela lordemente acompanha a pessoa até o sofá da sala, pede carinho, levanta a patinha pra mostrar que ela quer cosquinha na barriga, depois parte pra segunda etapa, a de apresentar seus brinquedos pro visitante, carrega um por um até que mostre todos e corre em círculo pela mesa da sala pra fazer graça, não tem quem não ache ser a coisa mais fofa e mais inteligente do mundo.

Até se sentir a penúltima bolachinha do pacote. Atenção exclusiva, é isso que Fifi exige somente pra ela, tenta chamar a atenção não querendo que a visita troque receita com os donos da casa (nós), fica aburrida no canto da sala pensando e manipulando conquistar o mundo, até que ela ....

Quinta-feira passada, esteve por aqui a 57ª pessoa a quem a Fifi deixou uma pequena cagada no sapato, sim, essa pequena cachorrinha de olhares dóceis achou uma forma de vingar o descaso soltando o barro no pé das visitas, não honrando a EDUCAÇÃO DE HAWARD que Dona Irene deu para ela.

Faz dois dias que Fifi anda de castigo; ela faz sua arte subliminar Dona Irene vai lá briga, mostra o lugar certo do seu banheirinho e tranca ela no escuro, no lavado de gente adulto, dá uma dó, me corta o coração, mas, Dona Fifi precisa aprender, depois que virou uma maquininha de cocô o consumo de bom – ar na sala aumentou e refletiu no meu estoque de chocolate.