quinta-feira, 21 de maio de 2009


Bem-vindo ao meu doce lar. Tem laços de fita cor de rosa e pedras de diversos tamanhos. A parede é feita de mel, do mais adocicado e do cimento mais concreto. O chão é de seda, da mais pura e inocente tecida pela rainha dos bichos do pé, mas com o tempo virou simples tacos de madeira. O interior é composto do mais doce dos incensos que se misturou a poluição do mundo lá fora e os móveis são de algodão, branquinho, pra outros nada se compara á grotescas formas de madeira.
As pessoas são formadas por pétalas, lindas por dentro e bem desenhadas por fora. Algumas vezes são vistas por olhares críticos e desejos de má índole. Possuem histórias únicas feitas por balas de coco, intercaladas com o mais amargo dos chocolates.
Tento entender o porque do meio –termo nunca ser tão completo, da vida não ser tão doce e das nuvens não serem tão brancas, de não ser tão justa, de ás vezes ser tão errada, dos olhos enxergarem pureza da onde muitas vezes não tem, e ver maldade aonde muitas vezes não existe o foco.
Somos refém do dia após o outro, da felicidade constrastando com a lágrima no rosto, viver torna-se uma honra mas também uma experiência muito difícil pra quem está aqui, o jeito é não levá-la tão a sério e curtir o lado arco-íris quando ele aparecer.
Meu lado arco íris ta pela metade, o que tenho de mais precioso é a família feita de bolo de cenoura, os amigos que ainda restaram e um pouco de sarcasmo, o lado negro, continuo colocando um pouco mais de fermento na panela, sem perder a esperança de quem um dia tudo vai melhorar.
Se não acreditar nisso vou me apegar a que? Telejornal?
Melhor não, prefiro me cegar perante á alguns fatos, aproveitando o que ainda existe de bom:
meus sonhos.

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