segunda-feira, 13 de abril de 2009


Não sei bem ao certo, sobre o conceito do socialismo, só sei que eu queria que todas as pessoas desse planeta pudessem ter as mesmas coisas, ou senão pelo menos o básico: um bom carro na garagem, uma boa casa pra morar, condições para consertar bons utensílios domésticos, um bom trabalho, um bom salário, um celular no bolso e muita paciência. Às vezes minha cabeça surta com cenas do cotidiano, eu queria ser papai Noel de verdade e não morar tão longe, pra poder dar as coisas e melhorar a vida das pessoas. É lógico que certas pessoas não merecem nem um pinguinho dessa minha piedade, tem aquelas famosas asas de quem não sabem voar e não são nem um pouco dignas de ganhar na mega –sena. Podiam fazer o favor de ir morar em outro lugar, talvez num forte no meio do mar, longe da vida racional, belos “mals exemplos” não fazem parte do meu cardápio e nem da minha compaixão por maior que seja.E no meio de um trânsito de horas em véspera de feriado, me encontro no túnel Aírton Senna rodeada de pessoas na mesma situação, aqueles insuportáveis motoqueiros passando em alta velocidade (depois não sabem porque morre metade do bando por dia), com suas buzinas insuportáveis e pagando pau pra suas manobras radicais, dignas de aplausos, como fazer aquele barulho de estouro com seus ferro velhos surtando até os mais calmos, aqueles do tipo que dá vontade até de bater.Percebi que apesar do nervosismo do momento, e da longa caminhada que me esperava, estava bem acompanhada do meu padrinho de valsa (futuro), com diversos CDS sertanejos no carro ( afinal dia de rodízio, pegue o carro do papi e se ferre), droga, não tinha Victor e Leo, mas tinha conforto, ar condicionado e vidros fechados para tapar metade da poluição sonora lá de fora.Na nossa frente tinha um carro bem velho, todo estrupiado, seu dono tinha que ligá-lo apenas quando o trânsito andava, talvez para economizar na gasolina, já que, além de adulterada e de f.......o carro, ainda é cara e o cidadão tem a obrigação de pagar pra andar. Aquele calor dos infernos, e aquela fumaceira pior que de maconheiro muito louco fizeram com que o coitado abri-se na manivela os quatro vidros e muitas vezes coloca-se a cabeça pra fora tentando tomar um ar (poluído, não esqueça). Aquilo me chamou a atenção, e aquele conforto começou a me fazer mal, ah se eu fosse presidente da república MEU DEUS.A viagem continuava, todo mundo decidiu sair de casa ao mesmo tempo, menos o Kassab com seu helicóptero. Enquanto isso, o rapaz se remexia todo no carro da frente, se abanava e limpava o suor da testa com o braço já que começava por fim a escorrer.Mil pensamentos vieram na minha cabeça, que vontade de ter todo o dinheiro do mundo e dar um carro novo e cheio de conforto pra aquele coitado, quando eu descobri que com ele estava, nada mais nada menos que sentadinho no banco passageiro seu companheiro fiel, um cachorrinho.Aí meu coração quebrou de vez, o padrinho no carro queria conversar sobre a massa tricolor que jogava naquele tempo e minha cabeça surtava, tentava entender o porque de tanta coisa desmerecedora e errada, ta certo que dinheiro não traz felicidade e paz mundial, mas pelo menos dá um pouquinho de conforto ao cidadão que trabalha o dia inteiro e merece horas dignas no fim de tarde. E o pequeno cão lá, suando, agüentando ao lado do dono mais feliz por tê-lo ao seu lado.Foram 45 minutos contados no relógio dentro daquele túnel e a tal altura, já nem lembrava mais da minha colação de grau que começaria a apenas 30 minutos. Queria ter poder, apagar as injustiças, dar o que comer pros pobres, dar conforto pra quem merece e tirar daqueles que não merecem. Me senti meio Robin Hood na versão feminina, porque, enquanto tem uns fdp ( desculpa o baixo calão) gastando mais de R$ 500,00 numa noite, tem outros tendo que pagar suas próprias contas com esse mesmo valor apenas...Tenho vontade de bater em tanta gente, e ao mesmo tempo eu queria ajeitar o mundo, ovo de páscoa ele não ta merecendo, merecia sim muita lição de moral e palmas na bunda. Não sei bem ao certo se meu problema é ser sentimental demais,mas eu me preocupo, preferia ter menos e ter igual a todos, do que essa desigualdade tão grande e tão desnecessária.Pra consertar tudo isso, só acabando o mundo!!!Coração mole da porra!

Um comentário:

  1. Crisokaaaaaaaaaaa acho q o socialismo não funcionaria em nossa cultura...acho q as pessoas deveriam ter cultura de se adaptarem ao seu meio ambiente, iguais os animais. Não adianta questionar os atos dos outros... querer a igualdade p/ acabar com essa desigualdade... é muito complicado, é a lei da vida...a lei da sobrevivência

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