quinta-feira, 30 de abril de 2009

Para pra pensar o quanto é justo. Primeiro Deus lhe dá o mundo, tu tens as pessoas que te merecem e aprende á valorizá-las em coleções de momentos. Por outro lado, tens as decepções, onde as pessoas que não te merecem são percebidas, mas lhe vem a questão de que não são necessariamente o que há de melhor em sua vida.

Decepções te aliviam da parte podre, ainda bem que vivo disso.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Como num passe de mágica, descobri o motivo de se auto-destruir durante quatro anos a ponto de enlouquecer em meio a diversos livros na mesa, horas de estudo, ser resignada a respeitar tudo quanto é tipo de calendário, perder o que poderia ter sido as melhores viagens, os melhores passeios, achar que a vida estivesse me esquecido em meio á tantas tarefas e obrigações, palavra que aprendi a ter medo, como em algum dia tive de armário entreaberto no meio da noite. Descobri que apesar de tanto esforço e desistências, ganhei amigos, o maior tesouro que se chamam nesta vida, a maior felicidade que tive nesse momento, o que ganhava a minha vontade de participar das reuniões todas as noites, que me dava coragem em enfrentar quantidades imensas de trabalho, de sair da biblioteca derrubando vários livros pelo caminho ou até mesmo estragando a progressiva nova num grande dia de chuva.A felicidade bateu em minha porta no dia 24/04. Percebi de verdade a essência destes 4 anos durante uma noite de formatura. Não vou negar que tive um dia de princesa, quis criar um cabelo ao meu estilo, quis fazer minha própria maquiagem. Escolhi o vestido dos meus sonhos, daqueles que “chegam” primeiro do que você no local e que resume assim, todas as características do signo de leão.Nunca um dinheiro foi tão bem gasto na minha vida (com exceção á essa viagem maravilhosa aí de cima que entrou para o caderno das melhores lembranças), tive trabalho com o rabo do vestido que era pisoteado pelos velhos da festa, a sandália fazia com que os pés gritassem de dor e as horas passavam rapidamente, levando embora todos os momentos lhes entregando ao passado. As margaridinhas amarelas do cabelo caiam a cada abraço gostoso, os amigos e a família iam preenchendo a mesa e a felicidade me consumia como num grito de guerra.Foi assim minha noite, revi pessoas maravilhosas, fui presenteada com os especiais, amigos que até doentes não desistiam de comparecer ao dia mais feliz da minha vida (chega de prepotência, um dos.) Ganhei 20 presentes num dia só, a presença de todos me fazendo rir ou até mesmo chorar, embalada já numa havaiana linda, personalizada ganhada de presente.A madrugada foi dedicada a diversão, ao som da banda, a chegada do trio elétrico, aos amigos bêbados que passavam e erravam a porta do banheiro. Para as piadinhas da festa, deixo pra elaborar um texto logo depois, hoje tem mais festa e conseqüentemente menos tempo no relógio.Obrigada Deus por esse presente, sei que ás vezes sou uma chata, mal-humorada, mas se eu merecia tudo isso, faço da minha felicidade á sua. As minhas amigas formandas, que estavam lindas, com o sorriso ao extremo, á minha galerinha, que não me deixa não mão nunca e principalmente, á minha família, graças a eles é que eu pude ter um momento tão digno de querer existir.

Os tambores acabaram sendo destruídos. Amém :)

segunda-feira, 13 de abril de 2009


Não sei bem ao certo, sobre o conceito do socialismo, só sei que eu queria que todas as pessoas desse planeta pudessem ter as mesmas coisas, ou senão pelo menos o básico: um bom carro na garagem, uma boa casa pra morar, condições para consertar bons utensílios domésticos, um bom trabalho, um bom salário, um celular no bolso e muita paciência. Às vezes minha cabeça surta com cenas do cotidiano, eu queria ser papai Noel de verdade e não morar tão longe, pra poder dar as coisas e melhorar a vida das pessoas. É lógico que certas pessoas não merecem nem um pinguinho dessa minha piedade, tem aquelas famosas asas de quem não sabem voar e não são nem um pouco dignas de ganhar na mega –sena. Podiam fazer o favor de ir morar em outro lugar, talvez num forte no meio do mar, longe da vida racional, belos “mals exemplos” não fazem parte do meu cardápio e nem da minha compaixão por maior que seja.E no meio de um trânsito de horas em véspera de feriado, me encontro no túnel Aírton Senna rodeada de pessoas na mesma situação, aqueles insuportáveis motoqueiros passando em alta velocidade (depois não sabem porque morre metade do bando por dia), com suas buzinas insuportáveis e pagando pau pra suas manobras radicais, dignas de aplausos, como fazer aquele barulho de estouro com seus ferro velhos surtando até os mais calmos, aqueles do tipo que dá vontade até de bater.Percebi que apesar do nervosismo do momento, e da longa caminhada que me esperava, estava bem acompanhada do meu padrinho de valsa (futuro), com diversos CDS sertanejos no carro ( afinal dia de rodízio, pegue o carro do papi e se ferre), droga, não tinha Victor e Leo, mas tinha conforto, ar condicionado e vidros fechados para tapar metade da poluição sonora lá de fora.Na nossa frente tinha um carro bem velho, todo estrupiado, seu dono tinha que ligá-lo apenas quando o trânsito andava, talvez para economizar na gasolina, já que, além de adulterada e de f.......o carro, ainda é cara e o cidadão tem a obrigação de pagar pra andar. Aquele calor dos infernos, e aquela fumaceira pior que de maconheiro muito louco fizeram com que o coitado abri-se na manivela os quatro vidros e muitas vezes coloca-se a cabeça pra fora tentando tomar um ar (poluído, não esqueça). Aquilo me chamou a atenção, e aquele conforto começou a me fazer mal, ah se eu fosse presidente da república MEU DEUS.A viagem continuava, todo mundo decidiu sair de casa ao mesmo tempo, menos o Kassab com seu helicóptero. Enquanto isso, o rapaz se remexia todo no carro da frente, se abanava e limpava o suor da testa com o braço já que começava por fim a escorrer.Mil pensamentos vieram na minha cabeça, que vontade de ter todo o dinheiro do mundo e dar um carro novo e cheio de conforto pra aquele coitado, quando eu descobri que com ele estava, nada mais nada menos que sentadinho no banco passageiro seu companheiro fiel, um cachorrinho.Aí meu coração quebrou de vez, o padrinho no carro queria conversar sobre a massa tricolor que jogava naquele tempo e minha cabeça surtava, tentava entender o porque de tanta coisa desmerecedora e errada, ta certo que dinheiro não traz felicidade e paz mundial, mas pelo menos dá um pouquinho de conforto ao cidadão que trabalha o dia inteiro e merece horas dignas no fim de tarde. E o pequeno cão lá, suando, agüentando ao lado do dono mais feliz por tê-lo ao seu lado.Foram 45 minutos contados no relógio dentro daquele túnel e a tal altura, já nem lembrava mais da minha colação de grau que começaria a apenas 30 minutos. Queria ter poder, apagar as injustiças, dar o que comer pros pobres, dar conforto pra quem merece e tirar daqueles que não merecem. Me senti meio Robin Hood na versão feminina, porque, enquanto tem uns fdp ( desculpa o baixo calão) gastando mais de R$ 500,00 numa noite, tem outros tendo que pagar suas próprias contas com esse mesmo valor apenas...Tenho vontade de bater em tanta gente, e ao mesmo tempo eu queria ajeitar o mundo, ovo de páscoa ele não ta merecendo, merecia sim muita lição de moral e palmas na bunda. Não sei bem ao certo se meu problema é ser sentimental demais,mas eu me preocupo, preferia ter menos e ter igual a todos, do que essa desigualdade tão grande e tão desnecessária.Pra consertar tudo isso, só acabando o mundo!!!Coração mole da porra!